O que está acontecendo em Nossas Igrejas - Parte 2
Em época de eleição, vale tudo. Vale se fazer de diabo nos lugares infernais — o que é moleza para muitos. E vale se fazer de anjo nas igrejas — o que é muito difícil para os políticos infernais, mas nada que uma boa maquiagem e encenação teatral não ajudem. De olho nos 34 milhões de votos evangélicos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, esteve numa grande igreja Assembleia de Deus e firmou compromisso de não propor temas como o aborto e a união homossexual, considerados polêmicos pelos evangélicos, se chegar à presidência.
“Irmã” Dilma Rousseff prega para evangélicos
Multidão de evangélicos vai a evento sem saber para onde estava indo
Lula fez a mesmíssima promessa em 2002. E agora?
Agora a missão do Bispo Manoel Ferreira, líder supremo da segunda maior denominação assembleiana do Brasil, é tentar aglutinar e unir o maior número possível de igrejas evangélicas.
Uma multidão de 2.000 homens, mulheres e crianças de denominações como a Assembleia de Deus, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Igreja Universal do Reino de Deus e de outras 13 igrejas evangélicas se reuniram, em Brasília, para encontro promovido pelo Bispo Manoel Ferreira, Bispo Robson Rodovalho e Senador Marcelo Crivella.
Pastores regionais da Assembleia de Deus da Madureira fizeram presença no encontro, movidos pela truculência denominacional de Ferreira, que cuspiria fogo e enxofre se eles faltassem.
Com exceção dos pastores e bispos, que conheciam de antemão a finalidade do evento, o público evangélico foi levado, de Bíblia na mão, de ônibus fretado grátis, de diversas regiões ao redor de Brasília, sem saber exatamente o que era o encontro. De acordo com testemunho pessoal fornecido ao Blog Julio Severo, eles achavam que ouviriam um grande pregador.
Entretanto, em vez de pregador, eles acabaram ouvindo a “pregação” da Dilma, que estava com o deputado Benedito Domingos (PP), citado do escândalo do mensalão do Distrito Federal. O evento ocorreu no principal templo da Assembleia de Deus de Brasília, na Asa Sul, no sábado passado.
Ali, Bispo Manoel Ferreira e Bispo Robson Rodovalho anunciaram oficialmente seu apoio a Dilma, porque ela se comprometeu a recuar em alguns pontos do PNDH-3.
O público estava desconfiado e apático, mas Ferreira assegurou que Dilma é digna do voto evangélico, alegando que ela havia sido uma das responsáveis pela mudança em 2003 no artigo do Código Civil que colocava em risco as igrejas.
Contudo, a memória de Ferreira parece andar fraca. Em 2003 Dilma era apenas a ministra de Minas e Energia e não tinha nada a ver com o Código Civil. Quem fez a mudança foi a Bancada Evangélica.
No evento realizado no templo da Assembleia de Deus, Dilma citou o capítulo da Bíblia que trata do milagre da multiplicação dos pães. Ela disse que quer fazer pelo Brasil a mesma coisa que Jesus Cristo fez. “Quero uma sociedade em que o princípio da distribuição e multiplicação seja base no sentido mais profundo. Eu sou a favor da vida”, pregou ela.
Mesmo sendo a favor do aborto e do homossexualismo, ela se considera a favor da vida e da família. Como se isso não fosse absurdo suficiente, Lula declarou recentemente que Dilma é igual a Jesus Cristo. Tomando literalmente essas palavras elogiosas de Lula, no evento assembleiano Dilma também citou João 10:10, que diz que Jesus Cristo veio que todos tenham vida e vida em abundância.
Como agora ela é igual a Jesus, se ganhar para presidente ela espera imitar o Mestre e “dar vida e vida em abundância”? Para alguém que fazia parte de um grupo terrorista comunista que matava, roubava e torturava, Dilma pensa que abundância de propaganda enganosa joga para debaixo do tapete seu passado sombrio e criminoso.
Ela terminou sua pregação citando Salomão. Depois disse “Paz seja convosco”, acenou, sorriu e saiu.
Apesar de tudo, Deus usou um homem. O técnico em eletrônica Silvio Moreira Santos, 35, levou uma faixa onde estava escrito“Apoiar a Dilma é negar a Bíblia”. Ele gritou na chegada de Dilma: “Essa senhora apoia o aborto e o casamento gay. Somos contra. Essa mulher não pode ganhar”.
Mas entre os grandes, em vez de voz profética, havia apenas bajulação. Benedito Domingos, que é candidato à reeleição para a Câmara Legislativa, elogiou a pregação de Dilma. “Ela foi bem instruída. Quando disse que defende a vida, está querendo dizer que é contra o aborto. Quando a candidata falou que valoriza a família, eu entendo que ela não deve ser a favor do casamento homossexual”, analisou ele.
Agora que Manoel Ferreira, Robson Rodovalho e Marcelo Crivella deram aprovação, vocês já podem convidar a “irmã” Dilma para pregar em suas igrejas. Não a recebam como pastora, bispa ou apóstola. De acordo com Lula, ela é igual a Jesus Cristo. Por isso, diante dela agora prostram-se tantos pastores, bispos e apóstolos evangélicos.
Com informações de diversas fontes de notícias.
Fonte: www.juliosevero.com
Abra o olho: Fidel Castro, Lula e Dilma Rousseff
A briga pelo voto evangélico
Bancada evangélica quer mesmo vencer o PLC 122/06?
Bispo Manoel Ferreira lidera traição aos evangélicos
Vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que, visto como as minhas ovelhas foram entregues à rapina e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas; Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu estou contra os pastores. (Ezequiel 34.8-10) Leia Mais…
URGENTE - Lula vende o Brasil para a Nova Ordem Mundial - 01-02
EPÍSTOLA AOS LAODICENSES
COLOSSENCES 4:12-16
Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus.
Pois eu lhe dou testemunho de que tem grande zelo por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e pelos que estão em Hierápolis.
Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.
Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa.
E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também.
Paulo, apóstolo não dos homens nem pelos homens, mas por meio de Jesus Cristo, aos irmãos que estão em Laodicéia:
Graças para vós e paz de Deus Pai e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Agradeço a Cristo em todas as minhas preces porque permaneceis n'Ele e perseverais em suas obras,aguardando a promessa do dia do julgamento.
Que não sejais enganados pelas pregações vãs de alguns para que não vos afastem da verdade do Evangelho que foi por mim proclamado.
Permita Deus, agora, que aqueles que foram enviados por mim para professarem a verdade do Evangelho lhes possam ser úteis e realizem boas obras para a obtenção da vida eterna.
No momento, minhas cadeias se evidenciam - eu que sofro em Cristo - pelas quais sou feliz e me alegro.
Isso me serve para a salvação eterna que se efetua por vossas preces e pela ajuda do Espírito Santo, seja na vida, seja na morte; pois que minha vida está em Cristo e morrer é alegria.
Isto quer Sua misericórdia fazer em vós: que tenhais o mesmo amor e permaneçais unidos.
Portanto, amados, o que ouvistes quando de minha estadia entre vós assim o conservai e agi no temor de Deus, e tereis em vós a vida para sempre; pois é Deus que opera em vós, e fazei sem hesitação o que deveis fazer.
E no mais, amados, alegrai-vos em Cristo e tende cuidado com aqueles que procuram lucros sórdidos.
Possam todos vossos pedidos chegarem a Deus e ficai firmes no sentimento de Cristo.
E fazei o que é puro, verdadeiro, adequado, justo e amável.
O que ouvistes e recebestes guardai no vosso coração e tereis a paz convosco.
Saudai a todos os irmãos com o ósculo santo.
Os irmãos na fé vos saúdam.
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com vosso espírito.
Cuidai para que esta Epístola seja lida aos Colossenses e que aquela, dos Colossenses, seja lida para vós. Leia Mais…
O Senhor Jesus Cristo e a Lei de Deus
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
O personagem central da profecia e do evangelho é o Senhor Jesus
Cristo. Há vários aspectos nos quais podemos ver que Ele pretendeu que Seu
povo do novo pacto guardasse a Lei de Deus. De forma alguma minou a
validade da Lei quando veio ao mundo. Na verdade, Ele a confirmou.
CRISTO AFIRMOU EXPRESSAMENTE A LEI
Essa verdade é claramente ensinada em Mateus 5:16-20 (RA).
[16] Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para
que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que
está nos céus. [17] Não penseis que vim revogar a Lei ou os
Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. [18] Porque
em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i
ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. [19]
Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos
menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo
no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse
será considerado grande no reino dos céus. [20] Porque vos digo
que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e
fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
Nas páginas seguintes, apresentarei um comentário breve e contínuo
sobre pontos da passagem acima de importância exegética para a posição
teonômica.2 O leitor é instado a manter sua Bíblia aberta na passagem para
fazer consultas à medida que essas considerações exegéticas forem fornecidas.
Imediatamente após urgir Seus ouvintes a obras que glorifiquem a
Deus, Cristo diz: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas” (v. 17).
Ele começa definindo o caráter daquelas obras em termos de Lei de Deus. A
frase “não penseis” é um verbo aoristo ingressivo que significa, “não
comecem a pensar”. Cristo não queria que o pensamento que Ele estava para
mencionar sequer passasse pela mente dos Seus ouvintes. Ele não queria ser
mal-entendido à medida que corrige as distorções e abusos da Lei que
encontra durante o Seu ministério.
Quando diz, “não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas” (v. 17),
ele usa uma palavra grega que significa “desmantelar, ab-rogar, descartar
completamente”. Ao invés de permitir que Seus ouvintes sequer comecem a
pensar isso, Ele diz: “não vim ab-rogar, mas cumprir” (v. 17, RC).3 A
conjunção “mas” aqui é a adversativa forte (grego: alla).4 Ela fornece um
contraste vigoroso, como em Mateus 10:34, que faz paralelo exato a Mateus
5:17 em forma e estrutura. Lemos em Mateus 10:34: “Não penseis que vim
trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada”. Observe o forte contraste
entre “paz” e “espada”. Da mesma forma, em Mateus 5:17 Jesus contrasta
destruir a Lei com cumpri-la; as idéias são justapostas como opostos.
A palavra “cumprir” (v. 17), que o Senhor usa aqui, não pode implicar
“viver e completá-la, de forma que se dá um fim a ela”, ou algo similar. Visto
que a palavra é contrastada com “revogar”, seria errado interpretá-la como
“cumprir e acabar com ela”. A ab-rogação da Lei é a própria coisa que Cristo
nega: “Cumprir” aqui pode significar uma de duas coisas.
(1) Pode significar “confirmar, estabelecer”. Romanos 3:31 (que usa um
verbo diferente) diz: “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira
nenhuma! Antes, confirmamos a lei”. Confirmação da Lei é certamente um
conceito do Novo Testamento, de acordo com Paulo. (2) Ou pode significar
“encher até a medida completa”. Isso indicaria restaurá-la ao seu verdadeiro
significado, em oposição às distorções farisaicas.
Mateus 5:20 no contexto aqui sugere fortemente a última interpretação
(embora não exclua a primeira – na verdade, implica a mesma): “Porque vos
digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus,
jamais entrareis no reino dos céus” (cp. Mt. 15:3-9; 23:23). Os escribas e
fariseus tinham redefinido a Lei de tal forma, em termos do seu próprio
sistema de pensamento, que haviam quase esvaziado-a do seu verdadeiro
significado. Cristo veio para restaurar a Lei à sua intenção original e divina.
A palavra “porque” (v. 18) introduz uma explicação do versículo 17. O
que segue a palavra dá justificação ao que precede.
Quando Cristo diz “em verdade” (v. 18), Ele enfatiza a importância da
declaração seguinte. O Senhor freqüentemente usa essa palavra para atrair a
atenção dos Seus ouvintes a uma observação importante que Ele está a ponto
de fazer. Essa observação segue: “Porque em verdade vos digo: até que o céu
e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se
cumpra” (Mt. 5:18). A referência “o céu e a terra” (v. 18) indica uma
comparação entre a estabilidade da Lei e aquela do mundo (cp. Eclesiastes
1:4). A Lei não pode ser anulada até que o céu e a terra passem (e mesmo
então “até” aqui não requer que ela passará naquele tempo).
A frase “um jota ou um til” (v. 18, RC) faz referência à menor letra
hebraica (o yoadh, ou “jota”) e ao sinal ornamental sobre as letras (“til”). Cristo
está preocupado em mostrar que a Lei de Deus é em sua totalidade protegida
pela autoridade de Deus. Sua repetição de “um” antes de “jota”, bem como
antes de “til” (v. 18), é importante. No pensamento hebraico, a repetição é
comumente usada para fortalecer a ênfase.
“Até que tudo se cumpra” (v. 18) pode ser literalmente traduzido: “Até
que todas as coisas sejam realizadas”. Assim, essa declaração faz paralelo a
“até que o céu e a terra passem”. Em outras palavras, nem a menor letra ou
sinal da lei passará antes da história terminar.5
Ele então retorna e reforça o que acabou de declarar: “Aquele, pois, que
violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos
homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os
observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus”.
“Menores” (v. 19) repete a ênfase dos aspectos pequenos da Lei, para mostrar
sua significância obrigatória. Se as menores coisas são tão importantes, quais
mais os aspectos maiores da Lei?
Aquele que vai contra o Seu ensino nesse respeito é considerado
“mínimo no reino dos céus” (v. 19). Isso fala do status da pessoa no reino que
Cristo estabeleceu sobre a Terra.6 Envolve a era pós-Antigo Testamento e
pós-João o Batista (Marcos 11:13ss.; Lucas 16:16ss.), com a qual tantas
parábolas suas lidam (e.g., Mt. 13).
Seguindo essa forte declaração da validade da Lei, Cristo repreende as
distorções dos escribas da Lei por sua aderência à interpretação oral, e não
porque prestavam uma obediência fiel à lei escrita (Mt. 5:21ss.) Observe duas
coisas: (1) Os contrastes traçados são entre o que “está escrito” e o que “foi
dito aos antigos” (pelos rabinos). Quando o Senhor refere-se à Lei de Deus
em seu verdadeiro sentido, sem distorções, Ele sempre diz: “Está escrito”
(e.g., Mt. 4:4, 6, 7, 10). (2) Ele tinha acabado de fazer uma forte declaração
quanto à validade contínua da Lei. Consistência requereria que Mateus 5:21ss.
não permite um entendimento do Seu ensino.
CRISTO ENSINOU ENFATICAMENTE A RELEVÂNCIA DA LEI
O Senhor repreende os fariseus, por exemplo, não por eles guardarem a
obrigação pequena (dízimo) da Lei, mas por fazerem isso enquanto ignorando os
preceitos mais importantes da Lei. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,
porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes
negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e
a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mt. 23:23). Por
meio de suas tradições, eles invalidavam a Lei de Deus (Marcos 7:1-13).
Jesus ensina que a Lei é a Regra de Ouro do serviço a Deus e aos
homens. “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o
vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt. 7:12).
Ele ensina que o amor é definido pela lei. O judeu intérprete da lei lhe
perguntou:
“Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?” Respondeu-lhe
Jesus: “‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de
toda a tua alma e de todo o teu entendimento.’ Este é o grande e
primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: ‘Amarás
o teu próximo como a ti mesmo.’ Destes dois mandamentos
dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mt. 22:36-40)
Amor não é sentimento ou ação indescritível. É ação obediente
definida pelas restrições da Lei ordenada por Deus.
CRISTO ENDOSSOU A FUNÇÃO CIVIL DA LEI
Mesmo uma das leis mais comumente mal-entendida e mal-usada hoje
contra a visão teonômica é endossada por Cristo. Essa é a lei que exige pena
de morte para crimes incorrigíveis. Mesmo os pais de uma pessoa perigosa
devem entregá-lo para as autoridades civis, para que receba a pena de morte.
Ele, porém, respondendo, disse-lhes: “Por que transgredis vós,
também, o mandamento de Deus pela vossa tradição? Porque
Deus ordenou, dizendo: ‘Honra a teu pai e a tua mãe’; e: ‘Quem
maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá’. Mas vós dizeis:
‘Qualquer que disser ao pai ou à mãe: “É oferta ao Senhor o que
poderias aproveitar de mim;” esse não precisa honrar nem a seu
pai nem a sua mãe’, e assim invalidastes, pela vossa tradição, o
mandamento de Deus.” (Mt. 15:3-6, ACF)7
Cristo censura os fariseus por esquivarem-se dessa lei. (Lembre de Sua
advertência em Mt. 5:19-20! Nossa justiça deve exceder aquela dos escribas e
fariseus.)
Essa lei tem a ver com um filho velho o suficiente para ser uma ameaça
à comunidade por meio da atividade criminal. Ele é descrito de maneira
diversa como comilão e beberrão, um filho contumaz e rebelde que não ouve
ou obedece aos seus pais (Dt. 21:18-20) e é uma ameaça física para eles (Ex.
21:15). Esse não é um garoto de 10 anos que recusa ir para o banheiro. O
filho em questão se tornou um inimigo e uma maldição para os seus pais.
Seja o que possamos pensar inicialmente dessa lei, devemos lembrar
que ela foi ordenada pelo Senhor Deus. Isso deveria evitar a zombaria dos
cristãos para com a mesma, fazendo-os parar a fim de considerar sua
verdadeira importância.
CRISTO GUARDOU PERFEITAMENTE A LEI
A Escritura ensina que Jesus veio para guardar a lei. “Então, eu disse:
eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a
tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei” (Sl. 40:7-8).
De fato, Ele nasceu sob a Lei (Gl. 4:4). Assim, Ele guardou a Lei em detalhe
na Sua vida pessoal (Mt. 8:4; 17:24; Marcos 11:16-17).
Por causa da natureza do pecado como transgressão da Lei,8 Cristo não
tinha pecado porque guardou a Lei completamente. Assim, ele pôde dizer:
“Quem dentre vós me convence de pecado?” (João 8:46; cp. 1 João 3:4; João
15:10). Esse sendo o caso, Ele é o nosso perfeito exemplo de guardar a Lei.
Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus
mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele,
entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem
sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos
nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também
andar assim como ele andou. (1 João 2:4-6)
Seguir a Cristo e guardar os Seus mandamentos são sinônimos, de
acordo com João.
CRISTO NOS SALVOU EM TERMOS DA LEI
O Senhor morreu em termos da Lei por nós. Ele veio “para resgatar os
que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl. 4:5;
cp. Cl. 2:14; Hb. 9:22). De fato, Sua morte enfatizou eternamente a
necessidade e a validade da Lei. A Lei não poderia ser posta de lado, nem
mesmo para poupar a Cristo. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com
ele todas as coisas?” (Rm. 8:32; cp. Hb. 9:22-26). A fé, então, confirma a
validade da Lei (Rm. 3:31). Se a Lei não poderia ser desprezada nem mesmo
para poupar ao Filho de Deus, como podemos supor que ela será posta de
lado para a era do Novo Pacto? Ela é o padrão da justiça de Deus, sendo que
a sua infração traz condenação. A Cruz é um testemunho eterno à justiça e
contínua validade da Lei de Deus.
Fonte: God’s Law in the Modern World, p. 23-31. Leia Mais…
Biografia de Jorge Muller
Jorge Müller nasceu em 1805, de pais que não conheciam a Deus. Com a idade de dez anos, foi enviado a uma universidade, a fim de preparar-se para pregar o Evangelho, não, porém, com o alvo de servir a Deus, mas para ter uma vida cômoda. Gastou esses primeiros anos de estudo nos mais desenfreados vícios, chegando, certa vez, a ser preso por vinte e quatro dias. Jorge, uma vez solto, esforçava-se nos estudos, levantando-se às quatro da manhã e estudando o dia inteiro até as dez da noite. Tudo isso, porém, ele fazia para alcançar uma vida descansada de pregador.
Aos vinte anos de idade, contudo, houve uma completa transformação na vida desse moço. Assistiu a um culto onde os crentes, de joelhos, pediam que Deus fizesse cair sua bênção sobre a reunião. Nunca se esqueceu desse culto, em que viu, pela primeira vez, crentes orando ajoelhados; ficou profundamente comovido com o ambiente espiritual a ponto de buscar também a presença de Deus, costume esse que não abandonou durante o resto da vida. (1805-1898)
Foi nesses dias, depois de sentir-se chamado para ser missionário, que passou dois meses hospedado no famoso orfanato de A. H. Frank. Apesar de esse fervoroso servo de Deus, o senhor Frank, ter morrido quase cem anos antes (em 1727), o seu orfanato continuava a funcionar com as mesmas regras de confiar inteiramente em Deus para todo o sustento. Mais ou menos ao mesmo tempo em que Jorge Müller hospedou-se no orfanato, um certo dentista, o senhor Graves, abandonou as Suas atividades que lhe davam um salário de 7.500 dólares por ano, a fim de ser missionário na Pérsia, confiando só nas promessas de Deus para suprir todo o seu sustento. Foi assim que Jorge Müller, o novo pregador, recebeu nessa visita a inspiração que o levou mais tarde a fundar seu orfanato sobre os mesmos princípios.
Logo depois de abandonar sua vida de vícios, para andar com Deus, chegou a reconhecer o erro, mais ou menos universal, de ler muito acerca da Bíblia e quase nada da Bíblia. Esse livro tornou-se a fonte de toda a sua inspiração e o segredo do seu maravilhoso crescimento espiritual. Ele mesmo escreveu: "O Senhor me ajudou a abandonar os comentários e a usar a simples leitura da Palavra de Deus como meditação. O resultado foi que, quando, a primeira noite, fechei a porta do meu quarto para orar e meditar sobre as Escrituras, aprendi mais em poucas horas do que antes durante alguns meses." E acrescentou: "A maior diferença, porém, foi que recebi, assim, força verdadeira para a minha alma". Antes de falecer, disse que lera a Bíblia inteira cerca de duzentas vezes; cem vezes o fez estando de joelhos.
Quando estava ainda no seminário, nos cultos domésticos de noite com os outros alunos, freqüentemente continuou orando até a meia-noite. De manhã, ao acordar, chamava-os de novo para a oração, às seis horas.
Certo pregador, pouco tempo antes da morte de Jorge Müller, perguntou-lhe se orava muito. A resposta foi esta: "Algumas horas todos os dias. E ainda, vivo no espírito de oração; oro enquanto ando, enquanto deitado e quando me levanto. Estou constantemente recebendo respostas. Uma vez persuadido de que certa coisa é justa, continuo a orar até a receber. Nunca deixo de orar!... Milhares de almas têm sido salvas em respostas às minhas orações... Espero encontrar dezenas de milhares delas rio Céu... O grande ponto é nunca cansar de orar antes de receber a resposta. Tenho orado 52 anos, diariamente, por dois homens, filhos dum amigo da minha mocidade. Não são ainda convertidos, porém, espero que o venham a ser. - Como pode ser de outra forma? Há promessas inabaláveis de Deus e sobre elas eu descanso".
Não muito antes de seu casamento, não se sentia bem com o costume de salário fixo, preferindo confiar em Deus em vez de confiar nas promessas dos irmãos. Deu sobre isso as três seguintes razões:
1) "Um salário significa uma importância designada, geralmente adquirida do aluguel dos bancos. Mas a vontade de Deus não é alugar bancos (Tiago 2.1-6)".
2) "O preço fixo dum assento na igreja, às vezes, é pesado demais para alguns filhos de Deus e não quero colocar o menor obstáculo no caminho do progresso espiritual da igreja".
3) "Toda a idéia de alugar os assentos e ter salário torna-se tropeço para o pregador, levando-o a trabalhar mais pelo dinheiro do que por razões espirituais".
Jorge Müller achava quase impossível ajuntar e guardar dinheiro para qualquer imprevisto, e não ir direto a Deus. Assim o crente confia no dinheiro em caixa, em vez de confiar em Deus.
Um mês depois de seu casamento, colocou uma caixa no salão de cultos e anunciou que podiam deitar lá as ofertas para o seu sustento e que, daí em diante, não pediria mais nada, nem a seus amados irmãos; porque, como ele disse, "Sem me aperceber, tenho sido levado a confiar no braço de carne, mas o melhor é ir diretamente ao Senhor"O primeiro ano findou com grande triunfo e Jorge Müller disse aos irmãos que, apesar da pouca fé ao começar, o Senhor tinha ricamente suprido todas as suas necessidades materiais e, o que foi ainda mais importante, tinha-lhe concedido o privilégio de ser um instrumento na sua obra.
O ano seguinte foi, porém, de grande provação, porque muitas vezes não lhe restava nem um xelim. E Jorge Müller acrescenta que no momento próprio a sua fé sempre foi recompensada com a chegada de dinheiro ou alimentos.
Certo dia, quando só restavam oito xelins, Müller pediu ao Senhor que lhe desse dinheiro. Esperou muitas horas sem qualquer resposta. Então chegou uma senhora e perguntou: - "O irmão precisa de dinheiro?" Foi uma grande prova da sua fé, porém, o pastor respondeu: - "Minha irmã, eu disse aos irmãos, quando abandonei meu salário, que só informaria o Senhor a respeito das minhas necessidades". - "Mas", respondeu a senhora, "Ele me disse que eu lhe desse isto", e colocou 42 xelins na mão do pregador.
Outra vez passaram-se três dias sem terem dinheiro em casa e foram fortemente assaltados pelo Diabo, a ponto de quase resolverem que tinham errado em aceitar a doutrina de fé nesse sentido. Quando, porém, voltou ao seu quarto achou 40 xelins que uma irmã deixara. E ele acrescentou então: "Assim triunfou o Senhor e nossa fé foi fortalecida".
Antes de findar o ano, acharam-se de novo inteiramente sem dinheiro, num dia em que tinham de pagar o aluguel. Pediram a Deus e o dinheiro foi enviado. Nessa ocasião, Jorge Müller fez para si a seguinte regra da qual nunca mais se desviou: "Não nos endividaremos, porque achamos que tal coisa não é bíblica (Romanos 13.8), e assim não teremos contas a pagar. Somente compraremos o que pudermos, tendo o dinheiro em mãos, assim sempre saberemos quanto realmente possuímos e quanto temos o direito de gastar".
Deus, assim, gradualmente treinava o novo pregador a confiar nas suas promessas. Estava tão certo da fidelidade das promessas da Bíblia, que não se desviou, durante os longos anos da sua obra no orfanato, da resolução de não pedir ao próximo, e de não se endividar.
Um outro segredo que o levou a alcançar tão grande bênção de confiarem Deus, foi a sua resolução de usar o dinheiro que recebia somente para o fim a que fora destinado. Essa regra nunca infringiu, nem para tomar emprestado de tais fundos, apesar de se ter achado milhares de vezes face a face com as maiores necessidades.
Nesses dias, quando começou a provar as promessas de Deus, ficou comovido pelo estado dos órfãos e pobres crianças que encontrava nas ruas. Ajuntou algumas dessas crianças para comer consigo às oito horas da manhã e a seguir, durante uma hora e meia, ensinava-lhes as Escrituras. A obra aumentou rapidamente. Quanto mais crescia o número para comer, tanto mais recebia para alimentá-las até se achar cuidando de trinta a quarenta menores.
Ao mesmo tempo, Jorge Müller fundou a Junta para o Conhecimento das Escrituras na Nação e no Estrangeiro. O alvo era: 1) Auxiliar as escolas bíblicas e as escolas dominicais. 2) Espalhar as Escrituras. 3) Aumentar a obra missionária. Não é necessário acrescentar que tudo foi feito com a mesma resolução de não se endividar, mas sempre pedir a Deus, em secreto, todo o necessário.
Certa noite, quando lia a Bíblia, ficou profundamente impressionado com as palavras: "Abre bem a tua boca, e ta encherei" (Salmo 81.10). Foi levado a aplicar essas palavras ao orfanato, sendo-lhe dada a fé de pedir mil libras ao Senhor; também pediu que Deus levantasse irmãos com qualificação para cuidar das crianças. Desde aquele momento, esse texto (Salmo 81.10), serviu-lhe como lema e a promessa se tornou em poder que determinou todo o curso da sua vida.
Deus não demorou muito a dar a sua aprovação de alugar uma casa para os órfãos. Foi apenas dois dias depois de começar a pedir, que ele escreveu no seu diário: "Hoje recebi o primeiro xelim para a casa dos órfãos".
Quatro dias depois foi recebida a primeira contribuição de móveis: um guarda-roupa; e uma irmã ofereceu dar seus serviços para cuidar dos órfãos. Jorge Müller escreveu naquele dia que estava alegre no Senhor e confiante em que Ele ia completar tudo.
No dia seguinte, Jorge Müller recebeu uma carta com estas palavras: "Oferecemo-nos para o serviço do orfanato, se o irmão achar que temos as qualificações. Oferecemos também todos os móveis, etc, que o Senhor nos tem dado. Faremos tudo isto sem qualquer salário, crendo que, se for a vontade do Senhor usar-nos, Ele suprirá todas as nossas necessidades". Desde aquele dia, nunca faltaram, no orfanato, auxiliares alegres e devotados, apesar de a obra aumentar mais depressa do que Jorge Müller esperava.
Três meses depois, foi que conseguiu alugar uma grande casa e anunciou a data da inauguração do orfanato para o sexo feminino. No dia da inauguração, porém, ficou desapontado: nenhuma órfã foi recebida. Somente depois de chegar a casa é que se lembrou de que não as tinha pedido. Naquela noite humilhou-se rogando a Deus o que anelava. Ganhou a vitória de novo, pois veio uma órfã no dia seguinte. Quarenta e duas pediram entrada antes de findar o mês, e já havia vinte e seis no orfanato.
Durante o ano, houve grandes e repetidas provas de fé. Aparece, por exemplo, no seu diário: "Sentindo grande necessidade ontem de manhã, fui dirigido a pedir com insistência a Deus e, em resposta, à tarde, um irmão deu-me dez libras". Muitos anos antes da sua morte, afirmou que, até aquela data, tinha recebido da mesma forma 5.000 vezes a resposta, sempre no mesmo dia em que fazia o pedido.
Era seu costume, e recomendava também aos irmãos, guardar um livro. Numa página assentava seu pedido com a data e no lado oposto a data em que recebera a resposta. Dessa maneira, foi levado a desejar respostas concretas aos seus pedidos e não havia dúvida acerca dessas respostas.
Com o aumento do orfanato e do serviço de pastorear os quatrocentos membros de sua igreja, Jorge Müller achou-se demasiadamente ocupado para orar. Foi nesse tempo que chegou a reconhecer que o crente podia fazer mais em quatro horas, depois de uma em oração, do que em cinco sem oração. Essa regra ele a observou fielmente durante 60 anos.Quando alugou a segunda casa, para os órfãos de sexo masculino, disse: "Ao orar, estava lembrado de que pedia a Deus o que parecia impossível receber dos irmãos, mas que não era demasiado para o Senhor conceder". Ele orava com noventa pessoas sentadas às mesas: "Senhor, olha para as necessidades de teu servo..." Essa foi uma oração a que Deus abundantemente respondeu. Antes de morrer, testificou que, pela fé, alimentava 2.000 órfãos, e nenhuma refeição se fez com atraso de mais de trinta minutos.
Muitas pessoas perguntavam a Jorge Müller como conseguia ele saber a vontade de Deus, pois não fazia nada sem primeiro ter a certeza de ser da vontade do Senhor. Ele respondia:
1) "Procuro manter o coração em tal estado que ele não tenha qualquer vontade própria no caso. De dez problemas, já temos a solução de nove, quando conseguimos ter um coração entregue para fazer a vontade do Senhor, seja essa qual for. Quando chegamos verdadeiramente a tal ponto, estamos, quase sempre, perto de saber qual é a sua vontade.
2) "Tenho o coração entregue para fazer a vontade do Senhor, não deixo o resultado ao mero sentimento ou a uma simples impressão. Se o faço, fico sujeito a grandes enganos.
3) "Procuro a vontade do Espírito de Deus por meio da sua Palavra. É essencial que o Espírito e a Palavra acompanhem um ao outro. Se eu olhar para o Espírito, sem a Palavra, fico sujeito, também, a grandes ilusões.
4) "Depois considero as circunstâncias providenciais. Essas, ao lado da Palavra de Deus e do seu Espírito, indicam claramente a sua vontade.
5) "Peço a Deus em oração que me revele sua própria vontade.
6) "Assim, depois de orar a Deus, estudar a Palavra e refletir, chego à melhor resolução deliberada que posso com a minha capacidade e conhecimento; se eu continuar a sentir paz, no caso, depois de duas ou três petições mais, sigo conforme essa direção. Nos casos mínimos e nas transações da maior responsabilidade, sempre acho esse método eficiente".Jorge Müller, três anos antes da sua morte, escreveu: "Não me lembro, em toda a minha vida de crente, num período de 69 anos, de que eu jamais buscasse, sinceramente e com paciência, saber a vontade de Deus pelo ensinamento do Espírito Santo por intermédio da Palavra de Deus, e que não fosse guiado certo. Se me faltava, porém, sinceramente de coração e pureza perante Deus, ou se eu não olhava para Deus, com paciência pela direção, ou se eu preferia o conselho do próximo ao da Palavra do Deus vivo, então errava gravemente".
Sua confiança no "Pai dos órfãos" era tal, que nem uma só vez recusou aceitar crianças no orfanato. Quando lhe perguntavam porque assumira o encargo do orfanato, respondeu que não fora apenas para alimentar os órfãos material e espiritualmente, mas "o primeiro objetivo básico do orfanato era - afirmava -, e ainda é, que Deus seja magnificado pelo fato de que os órfãos sob os meus cuidados foram e estão sendo supridos de todo o necessário, somente por oração e fé, sem eu nem meus companheiros de trabalho pedirmos ao próximo; por isso mesmo se pode ver que Deus continua fiel e ainda responde às nossas orações".
Em resposta a muitos que queriam saber como o crente pode adquirir tão grande fé, deu as seguintes regras:
1) Lendo a Bíblia e meditando sobre o texto lido, chega-se a conhecer a Deus, por meio de oração.
2) Procurar manter um coração íntegro e uma boa consciência.
3) Se desejamos que a nossa fé cresça, não devemos evitar aquilo que a prove e por meio do que ela seja fortalecida.
"Ainda mais um ponto: para que a nossa fé se fortaleça, é necessário que deixemos Deus agir por nós ao chegar a hora da provação, e não procurar a nossa própria libertação.
"Se o crente desejar grande fé, deve dar tempo para Deus trabalhar."
Os cinco prédios construídos de pedras lavradas e situados em Ashley Hill, Bristol, Inglaterra, com 1.700 janelas e lugar para acomodar mais de 2.000 pessoas, são testemunhas atuais dessa grande fé de que ele escreveu.
Cada uma dessas dádivas (devemo-nos lembrar) Jorge Müller lutou com Deus em oração para obter; orou com alvo certo e com perseverança, e Deus lhe respondeu.
São de Jorge Müller estas palavras: "Muitas repetidas vezes tenho-me encontrado em posição muito difícil, não só com 2.000 pessoas comendo diariamente às mesas, mas também com a obrigação de atender a todas as demais despesas, estando a nossa caixa com os fundos esgotados. Havia ainda 189 missionários para sustentar, cerca de 100 colégios com mais ou menos 9.000 alunos, além de 4.000.000 de tratados para distribuir, tudo sob nossa responsabilidade, sem que houvesse dinheiro em caixa para as despesas".
Certa vez o doutor A. T. Pierson foi hóspede de Jorge Müller no seu orfanato. Uma noite, depois que todos se deitaram, Jorge Müller o chamou para orar dizendo que não havia coisa alguma em casa para comer. O doutor Pierson quis lembrar-lhe que o comércio estava fechado, mas Jorge Müller bem sabia disso. Depois da oração deitaram-se, dormiram e, ao amanhecer, a alimentação já estava suprida e em abundância para 2.000 crianças. Nem o doutor Pierson, nem Jorge Müller chegaram a saber como a alimentação foi suprida. A história foi contada naquela manhã, ao senhor Simão Short, sob a promessa de guardá-la em segredo até o dia da morte do benfeitor. O Senhor despertara essa pessoa do sono, à noite, e mandara que levasse alimentos suficientes para suprir o orfanato durante um mês. E isso sem a pessoa saber coisa alguma da oração de Jorge Müller e do doutor Pierson!
Com a idade de 69 anos Jorge Müller iniciou suas viagens, nas quais pregou centenas de vezes em quarenta e duas nações, a mais de três milhões de pessoas. Recebeu, em resposta às suas orações, tudo de Deus para pagar as grandes despesas. Mais tarde, ele escreveu: "Digo com razão: Creio que eu não fui dirigido a nenhum lugar onde não houvesse prova evidente de que o Senhor me mandara para lá". Ele não fez essas viagens com o plano de solicitar dinheiro para a junta; não recebeu o suficiente nem para as despesas de doze horas da junta. Segundo as suas palavras, o alvo era "que eu pudesse, por minha experiência e conhecimento das coisas divinas, comunicar uma bênção aos crentes... e que eu pudesse pregar o Evangelho aos que não conheciam o Senhor".
Assim escreveu ele sobre um seu problema espiritual: "Sinto constantemente a minha necessidade... Nada posso fazer sozinho, sem cair nas garras de Satanás. O orgulho, a incredulidade ou outros pecados me levariam à ruína. Sozinho não permaneço firme um momento. Que nenhum leitor pense que devido à minha dedicação, eu não me possa 'inchar' ou me orgulhar, ou que eu não possa descrer de Deus!"
O estimado evangelista, Carlos Inglis, contou a respeito de Jorge Müller:
"Quando vim pela primeira vez à América, faz trinta e um anos, o comandante do navio era devoto tal que jamais conheci. Quando nos aproximamos da Terra Nova, ele me disse: 'Sr. Inglis, a última vez que passei aqui, há cinco semanas, aconteceu uma coisa tão extraordinária que foi a causa de uma transformação de toda a minha vida de crente. Até aquele tempo eu era um crente comum. Havia a bordo conosco um homem de Deus, o senhor Jorge Müller, de Bristol. Eu tinha passado 22 horas sem me afastar da ponte de comando, nem por um momento, quando fui assustado por alguém que me tocou no ombro. Era o senhor Jorge Müller. Houve, então, entre nós o seguinte diálogo:
- Comandante - disse o senhor Müller, - vim dizer-lhe que tenho de estar em Quebec no sábado, à tarde.
Era quarta-feira.
- Impossível - respondi.
- Pois bem, se seu navio não pode levar-me, Deus achará outro meio de transporte. Durante 57 anos nunca deixei de estar no lugar à hora em que me achava comprometido.
- Teria muito prazer em ajudá-lo, mas o que posso fazer? - Não há meios!
- Vamos aqui dentro para orar - sugeriu.
Olhei para aquele homem e disse a mim mesmo: 'De qual casa de doidos escapou este?' Nunca eu ouvira alguém falar desse modo.
- Sr. Müller, o senhor vê como é espessa esta neblina.
- Não - respondeu ele - os meus olhos não estão na neblina, mas no Deus vivo que governa todas as circunstâncias da minha vida.
O senhor Müller caiu de joelhos e orou da forma mais simples possível. Eu pensei: 'É uma oração como a de uma criança de oito ou nove anos'. Foi mais ou menos assim que ele orou: 'Ó Senhor, se for da tua vontade, retira esta neblina dentro de cinco minutos. Sabes como me comprometi a estar em Quebec no sábado. Creio ser isso a tua vontade."
Quando findou, eu queria orar também, mas o senhor Müller pôs a sua mão no meu ombro e pediu que não o fizesse, dizendo:
- Comandante, primeiro o senhor não crê que Deus faça isso, e, em segundo lugar, eu creio que Ele já o fez. Não há, pois, qualquer necessidade de o senhor orar nesse sentido. Conheço, comandante, o meu Senhor há cinqüenta e sete anos e não há dia em que eu não tenha audiência com Ele. Levante-se, por favor, abra a porta e verá que a neblina já desapareceu.
Levantei-me, olhei, e a neblina havia desaparecido. No sábado, à tarde, Jorge Müller estava em Quebec.'"
Para o ajudar a levar a carga dos orfanatos e a apropriar-se das promessas de Deus em oração, lado a lado com ele, Jorge Müller tinha consigo, havia quase quarenta anos, uma esposa sempre fiel. Quando ela faleceu, milhares de pessoas assistiram ao seu enterro, das quais cerca de 1.200 eram órfãos. Ele mesmo, fortalecido pelo Senhor, conforme confessou, dirigiu os cultos fúnebres no templo e no cemitério.
Com a idade de 90 anos pregou o sermão fúnebre da segunda esposa, como o fizera na morte da primeira. Uma pessoa que assistiu a esse enterro, assim se expressou: -"Tive o privilégio, sexta-feira, de assistir ao enterro da senhora Müller... e presenciar um culto simples, que foi, talvez, pelas suas peculiaridades, o único na história do mundo: Um venerável patriarca preside ao culto do início ao fim. Com a idade de noventa anos, permanece ainda cheio daquela grande fé que o tem habilitado a alcançar tanto, e que o tem sustentado em emergência, problemas e trabalhos duma longa vida..."
No ano de 1898, com a idade de noventa e três anos, na última noite antes de partir para estar com Cristo, sem mostrar sinal de diminuição de suas forças físicas, deitou-se como de costume. Na manhã do dia seguinte foi "chamado", na expressão de um amigo ao receber as notícias que assim explicam a partida: "O querido ancião Müller desapareceu de nosso meio para o Lar, quando o Mestre abriu a porta e o chamou ternamente, dizendo: 'Vem!'"
Os jornais publicaram, meio século depois da sua morte, a seguinte notícia: "O orfanato de Jorge Müller, em Bristol, permanece como uma das maravilhas do mundo. Desde a sua fundação, em 1836, a cifra que Deus tem concedido, unicamente em resposta às orações, sobe a mais de vinte milhões de dólares e o número de órfãos ascende a 19.935. Apesar de os vidros de cerca de 400 janelas terem sido partidos recentemente por bombas (na segunda guerra mundial), nenhuma criança e nenhum auxiliar foi ferido".
Extraído do Livro: "Heróis da Fé", Orlando Boyer Leia Mais…
O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM NOSSAS IGREJAS?
Matéria lançada no Messageiro da Paz de Julho de 2010
Pastor José Wellington Bezerra da Costa = CGADB e João Guilherme Vanderley = Shalon Card no lançamento do Cartão CGADB Gold
Numa parceria entre a Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil = CGADB, a Shalon Card administradora de cartões, o Bancoob - Banco das Cooperativas do Brasil e a Bandeira Mastercard -foi lançado nesta segunda, 01 de fevereiro, no anfiteatro do São Paulo II, do hotel Caesar Park São Paulo International Airport, próximo ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, o cartão CGADB Gold, chamado de cartão do centenário.
Participaram de um jantar diversos líderes da Convenção Geral entre eles o seu presidente Pastor José Wellington Bezerra da Costa, o sócio-fundador da Shalon Card Sr. Deusdith de Souza Junior, o Diretor Operacional do Bancoob Sr. Ênio Meinem e o Vice-presidente de Negócios da Mastercard Sr. João Pedro Parro Neto e vários outros convidados.
A apresentação do produto ficou a cargo do Sr. Genésio Vicente - Diretor Superintendente da Shalon Card.
O cartão com a bandeira da Mastercard dá possibilidade de utilização em mais de 28,8 estabelecimentos comercias no mundo, além de saques em caixa 24 horas. Todo cliente que adquirir o cartão a cada 1 dólar gasto, acumulará pontos para a troca com prêmios no seu programa de fidelidade, podendo resgatar produtos na Lojas Americanas.com, CPAD, editoras Globo e adquirir milhas da TAM.
O cartão além de beneficiar o usuário terá também um repasse de 35% (por cento) da anuidade para Convenção Geral e suas Convenções Regionais para utilizar nas obras sociais da Igreja.
A anuidade do cartão neste lançamento teve uma redução de 50%, passando de R$ 90,00para R$ 45,00 e o cartão adicional será de R$ 22,50, sem carência. A taxa de juros será de 8,9 %a.m. de juros, e o custo para empréstimo será de 4,5% a.m.
A empresa estará apresentando dentro dos próximos meses um cartão destinado para a membresia da igreja, possivelmente sem anuidade. O cartão CGADB Gold, a princípio é para os pastores e para liderança.
fonte http://cartaocgadb.com.br
MasterCard International
"A MasterCard International é uma empresa de pagamento global com uma das marcas mais reconhecidas e respeitadas no mundo. Os dois círculos interligados simbolizam a promessa de excelência em qualidade, que foi incorporado em todos os logos das nossas marcas, representando as relações complementares entre eles. Gerenciamos uma ampla variedade de programas de pagamento e serviços, incluindo os cartões de crédito MasterCard®, os cartões de débito MasterCard® Maestro®, acesso a redes ATM Cirrus e programas relacionados.
Estatísticas:
Ao final do ano 2005, haviam sido realizadas 19,1 bilhões de transações, gerando um faturamento de US$ 1,7 trilhão.
Possui 25.000 instituições financeiras-membro, servindo a consumidores em 210 países e territórios.
* Com mais de 24 milhões de estabelecimentos filiados, nenhum outro cartão é aceito em mais lugares e por mais comerciantes do que o MasterCard.
* Usuários de cartão podem sacar dinheiro em agências dos bancos e em toda a rede Global de ATMs MasterCard /Cirrus, a maior em todo o mundo com mais de um milhão de equipamentos nos sete continentes.
Mondex Internacional
O Mondex Electronic Cash é o único produto de saque eletrônico que é globalmente interoperável, com a capacidade para operar várias moedas. A MasterCard utiliza a tecnologia Mondex como plataforma estratégica de chip. O Mondex Electronic Cash também é o único com capacidade de pagamento cartão a cartão, transações off-line com transferência imediata de valores e a maior segurança disponível.
No dia 29 de junho de 2001, a MasterCard adquiriu 100% das ações da Mondex International (MXI) e assumiu o controle de todas as operações da MXI's. A MasterCard continuará operando a MXI para dar suporte às atividades dos franqueados e licenciados em todo o mundo.
Desde sua introdução em 1994, a Mondex vem sendo adotada por instituições líderes no mundo todo por emissores e estabelecimentos em mais de 76 países.
Tecnologia de Processamento:
Localizada em St. Louis, EUA, a sede operacional da MasterCard's Global Technology funciona como centro nervoso global das transações mundiais da empresa, coordenando todo o processamento para a organização. Operando em um esquema 24 x 7, o centro oferece monitoramento de transações de débito e crédito em todo o mundo. Funciona como um meio de desenvolvimento de software para aplicações de autorização, compensação e liquidação, além de gerenciar a infra-estrutura para todo o sistema MasterCard.
Em 2001, o Centro de Operações MasterCard foi transferido para uma nova localidade com estrutura tecnológica e de dados no subúrbio de St. Louis, Missouri. É o primeiro edifício "encomendado" em toda a história da MasterCard. É a maior sede da empresa em todo o mundo."
Modex significa dinheiro na mão direita, veja o vídeo e leia os versículos abaixo e tire suas próprias conclusões. não vou comentar pois estou sem tempo depois eu volto para poder comentar e completar a matéria.
Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? (2 Corítios 6:14)
Será que nossos líderes estão esquecendo de consultar a palavra do Senhor antes de fazerem parceria, ou vale tudo pela ganância? Alegam estar levantando fundos para fazerem a obra do Senhor isso faz parecer que os valores estão se perdendo e o fim vai justificando os meios, que triste isso. Será que não deveríamos olhar para a vida do homem de Deus Jorge Muller que sem dinheiro e apenas com fé e oração sustentou milhares de crianças. Que possamos voltar as veredas antigas como diz o profeta Jeremias para que não venhamos ouvir de Jesus: Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.(Apocalipse 3:17,18)
Alguns textos Bíblicos para meditação. Não esqueça de deixar seu comentário.
Êxodo 22:25
25 Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre que está contigo, não te haverás com ele como credor; não lhe imporás juros.
Deuteronômio 15:6
6 Porque o Senhor teu Deus te abençoará, como te prometeu; assim, emprestarás a muitas nações, mas não tomarás empréstimos; e dominarás sobre muitas nações, porém elas não dominarão sobre ti.
Deuteronômio 15:8
8 antes lhe abrirás a tua mão, e certamente lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade.
Isaías 55
1 ¶ O vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.
3 Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi. Leia Mais…
Priscilla, Uma Lição de Vida
No dia 2 de março de 1991, nascia uma menina que iria se chamar Jessica, porém o pai desta menina estava trabalhando em São Paulo, e a família se preocupava da hora do parto. (a mãe dela teve um sonho: que o parto seria maravilhoso, muito tranqüilo até ficou admirada). Então no sábado em que o esposo veio de São Paulo e era a última consulta pré-natal, o médico disse que a mãe já estava com dois cm de dilatação, porém a gestante não sentia dor nenhuma. Foi para casa andando, almoçou, se preparou e falou com o esposo: - Vamos para o hospital. Ela estava tão bem que foram andando. Chegando lá ficou internada às 16 horas. Começou uma cólica e então às 18 horas nasceu uma linda menina. A mãe ficou tão surpresa que decidiu procurar na Bíblia um nome legal, porém não queria nome estranho. Pegou a Bíblia e quando abriu caiu no texto de Atos 18 que fala de Áquila e “Priscila”. Então quando cheguei em casa contei e o bebezinho não seria mas Jessica e sim Priscila.
Anos se passaram e a menina com três anos foi para a escola, com seis anos já sabia ler, então fez a primeira série, gostava muito de livros. Com oito anos já improvisava uma sala de aula para dar aula para crianças de 3 e 4 anos. Pedia-me até um relógio para marcar a hora do recreio.
No início do ano de 2000, ainda com oito anos, ficou resfriada então a levei logo no pediatra, antes de começar a trabalhar em fevereiro, porém em 2 de março já encontrava-se internada. O médico até deixou levar uma tortinha, pois ela fazia nove anos numa quinta-feira e logo no domingo ela seria transferida. Passamos no Hospital D. Pedro, porém não ficaram com ela, partimos para outro hospital.
O médico que nos atendeu falou: Não posso ficar com essa criança, pois do jeito que está o pulmão é caso de CTI a qualquer momento. E Priscila se encontrava tranqüila e conversando. Ainda comeu um lanche. A doutora de Itaguaí apavorada falou: - Vamos para o Souza Aguiar. Mãe, eu subo com sua filha direto e a senhora faz a ficha. Na tarde daquele domingo ela ficou internada no Souza Aguiar, porém tratando da pneumonia como em Itaguaí. Na terça-feira, procurei a médica de plantão e falei as minhas preocupações, pois quando saí de Itaguaí eles suspeitavam de tuberculose. Então ela providenciou que minha filha fizesse ultra som e tomografia. Os médicos ficaram tão alvoroçados que não tiveram coragem de conversar comigo. Como ela estava na emergência, os exames dela ficavam por cima da cama, para que cada médico de plantão tivesse acesso, foi então que peguei para ler. Falava algumas palavras que eu ainda não compreendia os significados, porém era claro que definiam que os rins, fígado e pulmões estavam comprometidos com a doença. O Pâncreas, lembro-me até da frase: “pâncreas indefinido”.
Foi então que um buraco se abriu em toda a extensão, porém um nó na garganta que nem água descia. Foi quando desci para o refeitório com outras mães, mas roboticamente, perdida nos meus medos e receios. Resolvi subir sozinha e tenho gravado até o dia de hoje “aquelas escadas pretinhas de mármore que eu pisei com firmeza recitando um versículo”: Se te mostrares frouxo no dia da tua angústia suas forças serão pequenas (Provérbios 2,4). Foi como uma injeção do Espírito, pois dois ou três dias, quando minha irmã me rendeu, que eu fui à minha cidade e estávamos orando, eu não compreendia de onde vinha tanta força. Foi quando eu olhei e contemplei que alguém me segurava nos braços e compreendi o versículo acima. Foi em um culto normal que o dirigente deu a oportunidade a um irmão e ele falou esse versículo, porém eu ainda não passava por aflição alguma, mas estava ligada e o versículo ficou em meu coração que posso dizer que foi meu companheiro em minha trajetória. Até uma médica, chamada Dr. Elisa, um dia me falou: Mãe, sei que estas sofrendo, porém é nítido um brilho, algo diferente em você. Eu falei de minha experiência na escada, então ela pegou a agenda e falou: - Preciso anotar esse versículo! Ela me ajudou muito a conseguir uma vaga para minha filha no INCA.
Continuando uma jornada dura, se não me engano, dia 13 de março, sei que era uma segunda-feira, minha filha já estava com dificuldades para respirar, fomos para o INCA, fizemos o prontuário e muitos exames, mas a noite ela piorou indo para o CTI, pois precisou ficar entubada para poder respirar e mesmo nesse processo ela se foi duas vezes e os médicos usaram o método de ressuscitamento para que ela voltasse. Fizeram a biópsia por punção e começaram o tratamento de quimioterapia e radioterapia e no domingo, fazendo sete dias, a doutora falou: - Mãe fique mais alguma hora com sua filha. Então eu me agarrei com Deus e meditei dizendo: - Sei que Tu ressuscitou Lázaro e pode também nos dias de hoje. Passou mais 3 dias quando meu esposo me rendeu e o médico disse: -Pai não quis falar com a mãe, mas já fizemos de tudo e não tem melhora e já acabaram todos os nossos recursos. Mas meu esposo disse que já havia acabado os recursos dos homens, porém ele ainda tinha o recurso dos céus. Naquela mesma noite meu esposo diz que sentiu algo sobrenatural. Quando passou, ele se aproximou do leito e todos os aparelhos estavam desligados e nossa filha estava serena. Ela chamou a doutora e ela veio meio assustada ouvindo a respiração e os batimentos e virou pra meu esposo e falou: Pai. É Deus. Meu esposo pediu que a desemtubasse, mas ela falou: Não podemos, porque não é assim. Porém naquele dia ela foi levada como todos os outros dias, para a radioterapia, mas sem ligar a aparelhagem. Quando ela voltou, eles a desemtubaram e no outro dia, sexta-feira de manhã, teve alta do CTI e na segunda, foi para casa. Nessa ocasião, quando ela saiu subitamente do CTI, o técnico da radioterapia fez uma mensagem, que, mas parece uma oração. PRISCILLA UMA LIÇÃO DE VIDA.
Fez radioterapia e quimioterapia, porém seu cabelo não caiu. Operou e entrou no controle. Quando no outro ano foi fazer o exame de tomografia, reapareceu no pulmão e começamos de novo o tratamento, porém mais agressivo. Passamos por diversas adversidades, uma delas foi quando minha filha estava fazendo uma das seções de quimioterapia que agora era quatro dias consecutivos. Ela teve que colocar cateter, pois as veias não suportavam tantas furadas. Então numa sexta ela chegou à noite com minha filha Aline do hospital e teria que retornar no sábado às 5 horas da manhã, porém vendo que estava febril, dei novalgina, e queria arrumar um carro para ir ao INCA, pois era a instrução que o médico dava. Porém a Priscila me pediu: - Mãe a ambulância não vem de madrugada deixa eu dormir na minha cama. Ela não sentia nada, achei que poderia esperar. Para minha surpresa as zero hora e trinta minutos chega um carro no meu portão, era o chefe da ambulância, sem eu se quer ter dado um telefonema. E falou: - De repente me veio um pensamento: vai à casa da menina que faz tratamento no INCA e eu impulsionado cheguei aqui. Então achei melhor pedir e falei: A Ambulância não pode nos levar agora, ela teve febre. Ele ainda retrucou que às 5 horas a ambulância viria. Eu sem saber do perigo que corria, falei:- Ah, se eu for agora, às 5 ela já estará sendo medicada. Então ele foi e mandou a Ambulância. Quando chegamos ao hospital não havia ninguém na emergência, que é uma coisa difícil, pois os médicos atendem todos e seguem cada paciente para a sua especialidade. Então a doutora rapidamente providenciou a retirada do cateter, pois a Priscila precisava tirar o cateter imediatamente. Como não havia pacientes retirou ali na emergência mesmo e a Priscila foi para a pediatria, porem a doutora de 15 em 15 minutos vinha no leito da Priscila, que chegou a reclamar:- Mamãe, eu quero dormir e toda hora a doutora vem aqui. Então uma das vezes minha filha falou enrolado e a doutora disse a enfermeira:- Desce o João Pedro do CTI para subir a Pri. Então fiquei assustada e quando ela se afastou um pouco do leito perguntei: - Minha filha pode ficar com problema neurológico? E ela me respondeu:- Mãe, sua filha pode morrer a qualquer momento e se a senhora demorasse a vir, não conseguiríamos fazer nada. Nem sei explicar como consegui ficar firme, foi uma das situações mais difíceis, pois minha filha estava lúcida, como explicar se me desesperasse? Então o que me sustentava “Se te mostrares frouxo no dia da tua angustia, sua força será pequena”. Porém passamos por mais essa, pois ela milagrosamente deu a volta por cima, ficando no controle novamente. Então no ano de 2002, quando ela faria 11 anos e iríamos comemorar o aniversário dela, fui ver um sábado propício. Observei o dia em que o aparelho desligou-se sozinho que era uma quinta no ano de 2000, agora era sábado, então marcamos o aniversário e o culto com todo o testemunho, o técnico da radioterapia, o que fez a mensagem compareceu, até o chefe da ambulância que eu tentei comunicar com ele, mas não tinha conseguido. Pela manhã, quando estava organizando os preparativos, pensei: Oh, não consegui chamar o chefe da ambulância, na mesma hora um versículo ecoou em minha mente: “Agrada do Senhor que Ele concederá o desejo do seu coração”. Quando a noite eu estava testemunhando, quem chega? O chefe da Ambulância.
Priscila organizou duas coreografias. Uma delas era “Eu sei pra onde vou como águia vou, pras alturas sou filho de Deus”. Quando minha filha se apresentava eu via que ela subia, não sei explicar, até falei pra mim mesma:- Ah, passei por tantas coisas, que pensamento absurdo. Estávamos no controle, porém minha filha ficou gripada, ela já fazia artesanato para vender até me ensinou a fazer ponto de cruz. Esta época fazia uns chaveiros com nomes. Sem me pedir ajuda organizou uma pequena contabilidade onde ela registrava os gastos com o material, e o que ganhava. Na penúltima coluna o lucro e na última o dízimo.
Por causa da gripe tive que retornar ao INCA e 45 dias após o testemunho ela deu um aneurisma e faleceu como um passarinho. O que fica registrado em meu coração é que “Guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa”. (Apocalipse 3,11)
Porém, não pense que foi fácil lidar com a perda, mas posso dizer com toda a convicção. DEUS É FIEL. Fiquei tão vazia e sem compreender uma perca tão brusca, então deixei os problemas me envolverem e me afastei de Deus (as pessoas que me rodeavam não sabiam, pois eu não tinha nenhum vício, e aparentemente estava tudo bem) . Foi quando passei por um problema conjugal, e conversando com meu esposo ele disse: - Sei que estou todo errado, no fundo do poço, porém tenho fé em Deus e um desejo muito grande, que um dia darei a volta por cima e conserto minha vida com Deus, pois sei que minha filha herdou os céus, e preciso fazer algo porque quero reencontrá-la. Foi então que algo me despertou. E falei pra mim mesma. Ei, o que estou fazendo, tenho vivido displicentemente preciso me reerguer.