EPÍSTOLA AOS LAODICENSES

Alguns dizem ser essa a Epístola sumida da Igreja de Laodicéia como pode-se peceber que a Bíblia relata em colossences 4:16, se é a verdadeira ninguém se sabe, mas vale a pena ler e tirar as próprias conclusões. A escrita é bem familiar com a de Paulo usada em todo novo testamento.


COLOSSENCES 4:12-16

Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus.

Pois eu lhe dou testemunho de que tem grande zelo por vós, e pelos que estão em Laodicéia, e pelos que estão em Hierápolis.

Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.

Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa.

E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também.

Paulo, apóstolo não dos homens nem pelos homens, mas por meio de Jesus Cristo, aos irmãos que estão em Laodicéia:
Graças para vós e paz de Deus Pai e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Agradeço a Cristo em todas as minhas preces porque permaneceis n'Ele e perseverais em suas obras,aguardando a promessa do dia do julgamento.
Que não sejais enganados pelas pregações vãs de alguns para que não vos afastem da verdade do Evangelho que foi por mim proclamado.
Permita Deus, agora, que aqueles que foram enviados por mim para professarem a verdade do Evangelho lhes possam ser úteis e realizem boas obras para a obtenção da vida eterna.
No momento, minhas cadeias se evidenciam - eu que sofro em Cristo - pelas quais sou feliz e me alegro.
Isso me serve para a salvação eterna que se efetua por vossas preces e pela ajuda do Espírito Santo, seja na vida, seja na morte; pois que minha vida está em Cristo e morrer é alegria.
Isto quer Sua misericórdia fazer em vós: que tenhais o mesmo amor e permaneçais unidos.
Portanto, amados, o que ouvistes quando de minha estadia entre vós assim o conservai e agi no temor de Deus, e tereis em vós a vida para sempre; pois é Deus que opera em vós, e fazei sem hesitação o que deveis fazer.
E no mais, amados, alegrai-vos em Cristo e tende cuidado com aqueles que procuram lucros sórdidos.
Possam todos vossos pedidos chegarem a Deus e ficai firmes no sentimento de Cristo.
E fazei o que é puro, verdadeiro, adequado, justo e amável.
O que ouvistes e recebestes guardai no vosso coração e tereis a paz convosco.
Saudai a todos os irmãos com o ósculo santo.
Os irmãos na fé vos saúdam.
A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com vosso espírito.
Cuidai para que esta Epístola seja lida aos Colossenses e que aquela, dos Colossenses, seja lida para vós.

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O Senhor Jesus Cristo e a Lei de Deus

Dr. Kenneth L. Gentry, Jr.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
O personagem central da profecia e do evangelho é o Senhor Jesus
Cristo. Há vários aspectos nos quais podemos ver que Ele pretendeu que Seu
povo do novo pacto guardasse a Lei de Deus. De forma alguma minou a
validade da Lei quando veio ao mundo. Na verdade, Ele a confirmou.

CRISTO AFIRMOU EXPRESSAMENTE A LEI
Essa verdade é claramente ensinada em Mateus 5:16-20 (RA).
[16] Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para
que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que
está nos céus. [17] Não penseis que vim revogar a Lei ou os
Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. [18] Porque
em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i
ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. [19]
Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos
menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo
no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse
será considerado grande no reino dos céus. [20] Porque vos digo
que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e
fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
Nas páginas seguintes, apresentarei um comentário breve e contínuo
sobre pontos da passagem acima de importância exegética para a posição
teonômica.2 O leitor é instado a manter sua Bíblia aberta na passagem para
fazer consultas à medida que essas considerações exegéticas forem fornecidas.
Imediatamente após urgir Seus ouvintes a obras que glorifiquem a
Deus, Cristo diz: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas” (v. 17).


Ele começa definindo o caráter daquelas obras em termos de Lei de Deus. A
frase “não penseis” é um verbo aoristo ingressivo que significa, “não
comecem a pensar”. Cristo não queria que o pensamento que Ele estava para
mencionar sequer passasse pela mente dos Seus ouvintes. Ele não queria ser
mal-entendido à medida que corrige as distorções e abusos da Lei que
encontra durante o Seu ministério.
Quando diz, “não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas” (v. 17),
ele usa uma palavra grega que significa “desmantelar, ab-rogar, descartar
completamente”. Ao invés de permitir que Seus ouvintes sequer comecem a
pensar isso, Ele diz: “não vim ab-rogar, mas cumprir” (v. 17, RC).3 A
conjunção “mas” aqui é a adversativa forte (grego: alla).4 Ela fornece um
contraste vigoroso, como em Mateus 10:34, que faz paralelo exato a Mateus
5:17 em forma e estrutura. Lemos em Mateus 10:34: “Não penseis que vim
trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada”. Observe o forte contraste
entre “paz” e “espada”. Da mesma forma, em Mateus 5:17 Jesus contrasta
destruir a Lei com cumpri-la; as idéias são justapostas como opostos.
A palavra “cumprir” (v. 17), que o Senhor usa aqui, não pode implicar
“viver e completá-la, de forma que se dá um fim a ela”, ou algo similar. Visto
que a palavra é contrastada com “revogar”, seria errado interpretá-la como
“cumprir e acabar com ela”. A ab-rogação da Lei é a própria coisa que Cristo
nega: “Cumprir” aqui pode significar uma de duas coisas.
(1) Pode significar “confirmar, estabelecer”. Romanos 3:31 (que usa um
verbo diferente) diz: “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira
nenhuma! Antes, confirmamos a lei”. Confirmação da Lei é certamente um
conceito do Novo Testamento, de acordo com Paulo. (2) Ou pode significar
“encher até a medida completa”. Isso indicaria restaurá-la ao seu verdadeiro
significado, em oposição às distorções farisaicas.
Mateus 5:20 no contexto aqui sugere fortemente a última interpretação
(embora não exclua a primeira – na verdade, implica a mesma): “Porque vos
digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus,
jamais entrareis no reino dos céus” (cp. Mt. 15:3-9; 23:23). Os escribas e
fariseus tinham redefinido a Lei de tal forma, em termos do seu próprio
sistema de pensamento, que haviam quase esvaziado-a do seu verdadeiro
significado. Cristo veio para restaurar a Lei à sua intenção original e divina.
A palavra “porque” (v. 18) introduz uma explicação do versículo 17. O
que segue a palavra dá justificação ao que precede.
Quando Cristo diz “em verdade” (v. 18), Ele enfatiza a importância da
declaração seguinte. O Senhor freqüentemente usa essa palavra para atrair a
atenção dos Seus ouvintes a uma observação importante que Ele está a ponto
de fazer. Essa observação segue: “Porque em verdade vos digo: até que o céu
e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se
cumpra” (Mt. 5:18). A referência “o céu e a terra” (v. 18) indica uma
comparação entre a estabilidade da Lei e aquela do mundo (cp. Eclesiastes
1:4). A Lei não pode ser anulada até que o céu e a terra passem (e mesmo
então “até” aqui não requer que ela passará naquele tempo).
A frase “um jota ou um til” (v. 18, RC) faz referência à menor letra
hebraica (o yoadh, ou “jota”) e ao sinal ornamental sobre as letras (“til”). Cristo
está preocupado em mostrar que a Lei de Deus é em sua totalidade protegida
pela autoridade de Deus. Sua repetição de “um” antes de “jota”, bem como
antes de “til” (v. 18), é importante. No pensamento hebraico, a repetição é
comumente usada para fortalecer a ênfase.
“Até que tudo se cumpra” (v. 18) pode ser literalmente traduzido: “Até
que todas as coisas sejam realizadas”. Assim, essa declaração faz paralelo a
“até que o céu e a terra passem”. Em outras palavras, nem a menor letra ou
sinal da lei passará antes da história terminar.5
Ele então retorna e reforça o que acabou de declarar: “Aquele, pois, que
violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos
homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os
observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus”.
“Menores” (v. 19) repete a ênfase dos aspectos pequenos da Lei, para mostrar
sua significância obrigatória. Se as menores coisas são tão importantes, quais
mais os aspectos maiores da Lei?
Aquele que vai contra o Seu ensino nesse respeito é considerado
“mínimo no reino dos céus” (v. 19). Isso fala do status da pessoa no reino que
Cristo estabeleceu sobre a Terra.6 Envolve a era pós-Antigo Testamento e
pós-João o Batista (Marcos 11:13ss.; Lucas 16:16ss.), com a qual tantas
parábolas suas lidam (e.g., Mt. 13).
Seguindo essa forte declaração da validade da Lei, Cristo repreende as
distorções dos escribas da Lei por sua aderência à interpretação oral, e não
porque prestavam uma obediência fiel à lei escrita (Mt. 5:21ss.) Observe duas
coisas: (1) Os contrastes traçados são entre o que “está escrito” e o que “foi
dito aos antigos” (pelos rabinos). Quando o Senhor refere-se à Lei de Deus
em seu verdadeiro sentido, sem distorções, Ele sempre diz: “Está escrito”
(e.g., Mt. 4:4, 6, 7, 10). (2) Ele tinha acabado de fazer uma forte declaração
quanto à validade contínua da Lei. Consistência requereria que Mateus 5:21ss.
não permite um entendimento do Seu ensino.

CRISTO ENSINOU ENFATICAMENTE A RELEVÂNCIA DA LEI
O Senhor repreende os fariseus, por exemplo, não por eles guardarem a
obrigação pequena (dízimo) da Lei, mas por fazerem isso enquanto ignorando os
preceitos mais importantes da Lei. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,
porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes
negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e
a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mt. 23:23). Por
meio de suas tradições, eles invalidavam a Lei de Deus (Marcos 7:1-13).
Jesus ensina que a Lei é a Regra de Ouro do serviço a Deus e aos
homens. “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o
vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt. 7:12).
Ele ensina que o amor é definido pela lei. O judeu intérprete da lei lhe
perguntou:
“Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?” Respondeu-lhe
Jesus: “‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de
toda a tua alma e de todo o teu entendimento.’ Este é o grande e
primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: ‘Amarás
o teu próximo como a ti mesmo.’ Destes dois mandamentos
dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mt. 22:36-40)
Amor não é sentimento ou ação indescritível. É ação obediente
definida pelas restrições da Lei ordenada por Deus.
 

CRISTO ENDOSSOU A FUNÇÃO CIVIL DA LEI
Mesmo uma das leis mais comumente mal-entendida e mal-usada hoje
contra a visão teonômica é endossada por Cristo. Essa é a lei que exige pena
de morte para crimes incorrigíveis. Mesmo os pais de uma pessoa perigosa
devem entregá-lo para as autoridades civis, para que receba a pena de morte.
Ele, porém, respondendo, disse-lhes: “Por que transgredis vós,
também, o mandamento de Deus pela vossa tradição? Porque
Deus ordenou, dizendo: ‘Honra a teu pai e a tua mãe’; e: ‘Quem
maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá’. Mas vós dizeis:
‘Qualquer que disser ao pai ou à mãe: “É oferta ao Senhor o que
poderias aproveitar de mim;” esse não precisa honrar nem a seu
pai nem a sua mãe’, e assim invalidastes, pela vossa tradição, o
mandamento de Deus.” (Mt. 15:3-6, ACF)7
Cristo censura os fariseus por esquivarem-se dessa lei. (Lembre de Sua
advertência em Mt. 5:19-20! Nossa justiça deve exceder aquela dos escribas e
fariseus.)
Essa lei tem a ver com um filho velho o suficiente para ser uma ameaça
à comunidade por meio da atividade criminal. Ele é descrito de maneira
diversa como comilão e beberrão, um filho contumaz e rebelde que não ouve
ou obedece aos seus pais (Dt. 21:18-20) e é uma ameaça física para eles (Ex.
21:15). Esse não é um garoto de 10 anos que recusa ir para o banheiro. O
filho em questão se tornou um inimigo e uma maldição para os seus pais.
Seja o que possamos pensar inicialmente dessa lei, devemos lembrar
que ela foi ordenada pelo Senhor Deus. Isso deveria evitar a zombaria dos
cristãos para com a mesma, fazendo-os parar a fim de considerar sua
verdadeira importância.
 

CRISTO GUARDOU PERFEITAMENTE A LEI
A Escritura ensina que Jesus veio para guardar a lei. “Então, eu disse:
eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a
tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei” (Sl. 40:7-8).
De fato, Ele nasceu sob a Lei (Gl. 4:4). Assim, Ele guardou a Lei em detalhe
na Sua vida pessoal (Mt. 8:4; 17:24; Marcos 11:16-17).
Por causa da natureza do pecado como transgressão da Lei,8 Cristo não
tinha pecado porque guardou a Lei completamente. Assim, ele pôde dizer:
“Quem dentre vós me convence de pecado?” (João 8:46; cp. 1 João 3:4; João
15:10). Esse sendo o caso, Ele é o nosso perfeito exemplo de guardar a Lei.
Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus
mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele,
entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem
sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos
nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também
andar assim como ele andou. (1 João 2:4-6)
Seguir a Cristo e guardar os Seus mandamentos são sinônimos, de
acordo com João.
 

CRISTO NOS SALVOU EM TERMOS DA LEI
O Senhor morreu em termos da Lei por nós. Ele veio “para resgatar os
que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl. 4:5;
cp. Cl. 2:14; Hb. 9:22). De fato, Sua morte enfatizou eternamente a
necessidade e a validade da Lei. A Lei não poderia ser posta de lado, nem
mesmo para poupar a Cristo. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com
ele todas as coisas?” (Rm. 8:32; cp. Hb. 9:22-26). A fé, então, confirma a
validade da Lei (Rm. 3:31). Se a Lei não poderia ser desprezada nem mesmo
para poupar ao Filho de Deus, como podemos supor que ela será posta de
lado para a era do Novo Pacto? Ela é o padrão da justiça de Deus, sendo que
a sua infração traz condenação. A Cruz é um testemunho eterno à justiça e
contínua validade da Lei de Deus.
 

Fonte: God’s Law in the Modern World, p. 23-31.

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